OS MEUS DIAS
Os meus dias são como as pétalas das flores,
enquanto umas se vão outras caem ao chão;
A minha vida é como uma nuvem adiante,
Levada pela aragem como uma pluma...
No peito, uma dor palpitante!
Os meus dias se vão, são dores e odores,
tão efêmeros... tão vazio de cores;
Revivo os dias, todos os dias da minha vida,
Vida sem existência daquela suave melodia
que abrandava o meu peito. Oh! Doce Aparecida.
Os meus dias, transitórios vividos ao relento,
Ao sabor do vento, sem essência...
A Minha vida aleatória como o vento
soprando as cinzas da tua ausência
me faz lembrar da aurora no poente.
A Minha vida são como as folhas caídas,
apodrecidas como as hastes pendidas;
Finda a vida, a vida da minha vida encerra
A existência atirada ao caule
e ao sabor profundo da própria terra.
Estendo toda a vida ao sabor dos céus
onde pressinto a presença dela...
Atiro-me às flores brancas e esmaecidas,
Atiro-me à vida minha e a vida dela,
finda está tua imagem, Oh! Minha Aparecida!
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JUNTO DELA
É por ela que permaneço em silêncio
dentro da madrugada.
É por ela que me transporto
nos sonhos meus alimentados.
É por ela que neste ambiente restrito,
procuro e respiro
a felicidade junto dela.
É por ela que renasço
e pergunto todos os dias
se busco os momentos felizes;
De tudo fico confuso
sem saber descobrir
meu amor por ela.
Que horas são essas
nas altas madrugadas
onde o vazio não cessa?
Os minutos de paciência
reclamados e mentes alijadas,
Se na sua ausência
busco os sonhos alimentados,
sonhos sobrepujados junto à ela.
Meus pensamentos invade meus sentidos
buscando as promessas de quem
nunca mais será de ninguém.
Doces lembranças da retina
guardam traços da alma minha
Penetra fundo na memória
enganando-me todos os mimos.
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O EFÊMERO SOMENTE
Tudo é efêmero tudo é o nada,
Sim, tudo é efêmero, nada é,
Se buscas o absoluto
absolvo-me o teu luto.
Se não desejas o efêmero
para quê viver o prazer
Se a morte, somente a morte
sobrepuja a memória?
Toda a onda que viveres
será tão e somente a própria história.
A felicidade de todos os dias
anda latente em tua memória,
e jaz ferrenho e duradouro
como o prazer da própria carne.
És o pó, e dele o teu calabouço.
Triste engano de quem julga ver
que somente o Sol brilha;
Neste universo latente,
O meu e o teu corpo e a alma fremente
sobreviverá ao termo que se alinha,
Somente a vida ao bem, somente.
E também as emoções
Onde o tempo e a vida
se perderão no esquecimento;
Somente o que fica puro
o tesouro imensurável da família
viverá nesta longa viagem.
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