segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Poesias

OS MEUS DIAS


Os meus dias são como as pétalas das flores,

enquanto umas se vão outras caem ao chão;

A minha vida é como uma nuvem adiante,

Levada pela aragem como uma pluma...

No peito, uma dor palpitante!


Os meus dias se vão, são dores e odores,

tão efêmeros... tão vazio de cores;

Revivo os dias, todos os dias da minha vida,

Vida sem existência daquela suave melodia

que abrandava o meu peito. Oh! Doce Aparecida.


Os meus dias, transitórios vividos ao relento,

Ao sabor do vento, sem essência...

A Minha vida aleatória como o vento

soprando as cinzas da tua ausência

me faz lembrar da aurora no poente.


A Minha vida são como as folhas caídas,

apodrecidas como as hastes pendidas;

Finda a vida, a vida da minha vida encerra

A existência atirada ao caule

e ao sabor profundo da própria terra.


Estendo toda a vida ao sabor dos céus

onde pressinto a presença dela...

Atiro-me às flores brancas e esmaecidas,

Atiro-me à vida minha e a vida dela,

finda está tua imagem, Oh! Minha Aparecida!

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JUNTO DELA


É por ela que permaneço em silêncio

dentro da madrugada.

É por ela que me transporto

nos sonhos meus alimentados.


É por ela que neste ambiente restrito,

procuro e respiro

a felicidade junto dela.


É por ela que renasço

e pergunto todos os dias

se busco os momentos felizes;

De tudo fico confuso

sem saber descobrir

meu amor por ela.


Que horas são essas

nas altas madrugadas

onde o vazio não cessa?

Os minutos de paciência

reclamados e mentes alijadas,

Se na sua ausência

busco os sonhos alimentados,

sonhos sobrepujados junto à ela.


Meus pensamentos invade meus sentidos

buscando as promessas de quem

nunca mais será de ninguém.

Doces lembranças da retina

guardam traços da alma minha

Penetra fundo na memória

enganando-me todos os mimos.


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O EFÊMERO SOMENTE



Tudo é efêmero tudo é o nada,

Sim, tudo é efêmero, nada é,

Se buscas o absoluto

absolvo-me o teu luto.


Se não desejas o efêmero

para quê viver o prazer

Se a morte, somente a morte

sobrepuja a memória?

Toda a onda que viveres

será tão e somente a própria história.


A felicidade de todos os dias

anda latente em tua memória,

e jaz ferrenho e duradouro

como o prazer da própria carne.

És o pó, e dele o teu calabouço.


Triste engano de quem julga ver

que somente o Sol brilha;

Neste universo latente,

O meu e o teu corpo e a alma fremente

sobreviverá ao termo que se alinha,

Somente a vida ao bem, somente.


E também as emoções

Onde o tempo e a vida

se perderão no esquecimento;

Somente o que fica puro

o tesouro imensurável da família

viverá nesta longa viagem.






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